Neste post, a Infusorina introduz de forma leve e clara, você ao mundo do chá comum, não-ortodoxo, ou comumente chamado de CTC, o famoso “chá de saquinho” ou chás de folhas cortadas.
Se familiarizou? Certamente. ♥
Após entendermos que chá é a bebida proveniente única e exclusivamente da Camellia sinensis classificado em 6 famílias: chá branco, chá amarelo, chá verde, chá wulong (ou oolong), chá preto e chá escuro é momento de ir mais a fundo.
Qual a diferença entre os chás comum e especial?
Você com certeza já deve ter provado um chá comum na vida, senão provou, provavelmente já viu na gôndola do mercado mais próximo ou nos filmes, livros e etc. E na grande maioria das vezes, era um chá preto ou, um blend (uma mistura de vários chás pretos, ou chá preto com flores, frutas, com ou sem aromatizantes).
Um exemplo de chá comum disponível no mercado, o blend Earl Grey, chá preto com essência de bergamota, da Twinings:
CHÁS NÃO-ORTODOXOS, são os chás de folhas cortadas em processo industrial, mecanizado. Dentro dessa categoria, ainda temos as classificações internacionais de mercado que tem a intenção de informar suas características, classificando a aparência das folhas, tamanho, tipo e granulometria. As classificações variam conforme o país de origem.
As mesmas têm finalidade comercial, para que os compradores possam identificar e solicitar chás que se adequem às aplicações comerciais e de produção.
A exemplo: se uma indústria pretende elaborar um blend em sachê, um chá gelado, um chá puro em sachê e etc.
CHÁS ORTODOXOS, são os chás especiais, de folhas inteiras e processamento artesanal ou semi (que utiliza o auxílio de maquinário em algum momento) com aplicabilidade em blends, chás puros e destinados a degustações mais técnicas (cuppings). Da mesma forma que os chás não-ortodoxos, os chás ortodoxos possuem nomenclaturas próprias.
É importante deixar algo bem claro: reconhecer que a granulometria dos mesmos não nos dizem TUDO a respeito de sua qualidade. É claro que a aparência das folhas é item imprescindível durante a análise ao escolher a matéria-prima para o investimento, mas não deve ser o único ponto a ser considerado.
Um chá de qualidade é aquele que corresponde ao que o consumidor ou o cliente procura.
O que é CTC?
Na tradução literal, a sigla CTC significa Crush (e as vezes, Cut) – moer, Tear – cortar e Curl – enrolar. O método foi criado na década de 1930 para o processamento do chá preto com destino final, sachê. Por diversas razões econômicas e comerciais, é o tipo de método e chá mais consumido no mundo. Até os dias de hoje, em sua maioria, os chás produzidos no método CTC continuam sendo destinados aos sachês, garantindo aos seus consumidores um chá prático, encorpado e de cor intensa.
Todo chá comum é CTC?
Não. Como vimos no tópico anterior, CTC é um método mas isso não significa que o mesmo globalize toda uma categoria, a de chás não-ortodoxos. Diferentes métodos e máquinas surgiram e são utilizados atualmente, como por exemplo: VSTP (Vertical Sniechowski Tea Processing), desenvolvido na Argentina, no ano de 1999 na região de Misiones, cuja capital Oberá, abraça muitas plantações de chá.
Bem como outros, LTP (Lawrie Tea Processor) e Rotorvane.
Por isso, fica a sugestão de classificarmos os chás em duas categorias: folhas inteiras (ou especial/chás ortodoxos) ou folhas cortadas (chá comum/chás não-ortodoxos).
Até o próximo post! 🙂